O que é o ômega 3 e qual o seu papel nutricional?
O ômega 3 (ω3) é um ácido graxo de cadeia longa, fonte de energia e essencial para nosso organismo . Como outros ácidos graxos, a família ômega 3 é uma classe importante de lipídios.
Entre as propriedades funcionais e metabólicas¹ dos lipídios estão:
- Compor os fosfolipídios da membrana celular, influenciando a fluidez desta e suas funções essenciais, como a atividade das enzimas, a transdução de sinais e funções dos receptores;
- Transportar vitaminas lipossolúveis;
- Ser fonte de ácidos graxos essenciais como o ω3 e ω6;
- Regular a expressão gênica e modular apoptose;
- Reduzir a osmolaridade das misturas de Nutrição Parenteral (NP), especialmente em infusões periféricas;
- Constituir importante fonte de energia, principalmente em pacientes com restrição líquida e tolerância a pequenos volumes de NP ou para aqueles com restrição de grandes quantidades de glicose (
- situações de desconforto respiratório e insensibilidade à insulina).
Veja a seguir um esquema simplificado do impacto da exposição celular aos ácidos graxos2
Tratando especificamente do ômega 3, pode-se dizer que ele é um ácido graxo poliinsaturado (PUFA), cuja essencialidade se dá pela sua composição: ácidos alfa-linolênicos (ALA), ácido eicosapentaenoico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA).
Qual o papel nutricional do ômega 3?
O ômega 3 é encontrado em abundância no óleo de peixe, composto por uma longa cadeia condicionalmente essencial de ácido eicosapentaenoico (EPA, C20: 5 ω-3) e ácido docosahexaenoico (DHA, C22:6 ω-3).
Seu papel nutricional, contudo, pode variar de acordo com a faixa etária e condição de saúde de cada indivíduo. Em bebês, por exemplo, o suprimento adequado de PUFAs ω-3, especialmente DHA, tem papel fundamental no desenvolvimento visual, neural e comportamental de bebês³.
Já EPA e DHA reduzem a produção de citocinas e substâncias pró-inflamatórias e, assim, favorecem a resposta imune normal, o que pode ser benéfico em pacientes com risco de sepse e 4, 5.
Entre os benefícios da redução da inflamação estão6:
- Risco 40% menor de infecções;
- Risco 56% menor de sepse;
- Redução de cerca de 2 dias de internação hospitalar.
Leia também: Óleo de peixe e seu papel nutricional no paciente crítico
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